quarta-feira, 8 de janeiro de 2020


A IGREJA QUE PRECISAMOS PARA O ANO QUE RECEBEREMOS DAQUI A POUCO0S MINUTOS
Texto Bíblico: Atos 2.41-47
Hinos: 329 e 561 CC
41 Assim que receberam bem a sua palavra, foram batizados, e naquele dia agregaram-se quase três mil pessoas.
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão uns com os outros, no partir do pão e nas orações.
43 E em cada pessoa sobreveio temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos.
44 Todos os que criam estavam juntos e tinham em comum todas as coisas.
45 Vendiam suas propriedades e seus bens, e os repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um.
46 E perseverando unânimes todos os dias no Templo, e partindo o pão pelas casas, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E todos os dias o SENHOR acrescentava à igreja aqueles que iam sendo salvos. RVP-2009
INTRODUÇÃO
Aqui no livro de Atos, e especialmente em nosso texto bíblico de hoje temos o que deve ser o estilo de vida do povo de Deus.
Neste estilo de vida cristã não há lugar para qualquer constrangimento ou acomodação.
A Igreja Primitiva sempre será um exemplo para todas as gerações, porque foi uma Igreja cujos membros, sempre estavam ativos na obra do Senhor.
Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo!” Atos 5.42 NVI
Recebemos de Deus  o Ano de 2020, e vamos precisar de uma igreja à altura da terceira década deste século:
1. ELA DEVE SER FUNDAMENTADA EM CRISTO.
v  Na vida de Cristo como nosso exemplo.
v  Em Seus ensinos como nossa Regra de Fé e Prática.
v  Composta de pessoas iguais a nós, mas, que, receberam a Cristo e a Sua Palavra e que vivamos conforme a vida e os ensinos de Cristo.
2. ELA DEVE SER FUNDAMENTADA NA DOUTRINA DOS APÓSTOLOS
O nosso representante dos apóstolos agora é Paulo, que disse: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado!” I Cor. 2.2 ARM1967
Essa é uma das características que mais enaltece uma Igreja.
A Doutrina dos Apóstolos era uma das identificações da Palavra de Deus.
Doutrina dos Apóstolos era o que eles criam e ensinavam, tudo conforme os ensinos e exemplos de Jesus Cristo.
Era o conjunto doutrinário baseado no que os apóstolos ouviram diretamente dos lábios de Jesus, e, exemplificados em Sua vida.
Em 2020 vamos precisar de uma Igreja fundamentada na Doutrina dos Apóstolos.
3. ELA DEVE SER FUNDAMENTADA NO TRABALHO DIARIO PARA JESUS CRISTO. (46-47)
Na Igreja Primitiva não havia crentes que faziam a viagem da vida cristã na carona de outros.
A Igreja do nosso texto agia no coletivo: todos agiam! Por isso crescia todos os dias.
Como a Igreja Primitiva todos nós precisamos trabalhar diariamente:
        I.            Agindo,
     II.            Orando,
   III.            Contribuindo,
  IV.            Enviando obreiros,
    V.            Indo como obreiros,
  VI.            Participando da vida da Igreja com integridade:
. No Templo 
. Nos lares
. E em todas as missões entregues por Deus a nós.
Todos os dias no Templo e nas casas trabalhando, é a igreja que precisamos para este ano
que Deus nos deu.
4. NESSA IGREJA O ÊXITO É A SALVAÇÃO DOS PECADORES TODOS OS DIAS. (47)
O verdadeiro êxito de uma Igreja Cristã não é acumular riquezas materiais, não é construir megatemplos, etc.
E o Senhor lhes acrescentava todos os dias, os que iam sendo salvos!” 47b
A igreja pertence ao Senhor, e ele é aquele que soberanamente edifica a sua igreja.
Jesus disse a Pedro: “Edificarei a minha Igreja!” (Mt 16.18).
Somente o Senhor Jesus Cristo pode nos resgatar da incredulidade e perdição, e através do Seu Espírito Santo conceder-nos a conversão. (Atos 16.8-11)
Foi assim que Jesus fez diariamente naquele tempo.
Ele não limitou-se ao avivamento daquele primeiro dia de Pentecostes.
Diariamente acontecia grande alegria, por pessoas que se deixavam serem salvas.
“O Senhor, porém, acrescentava os que iam sendo salvos, todos os dias!”
Mas, os instrumentos usados por Cristo eram os convertidos todos os dias trabalhando para Ele.
Essa é a igreja que precisamos para o ano que Deus nos concedeu, e que Ele precisa atuante nesta nova década.
5. ELA É FUNDAMENTADA NA ALEGRIA. (46)
Quero iniciar este tema, fazendo algumas perguntas:
 IVocê está satisfeito com o crescimento de sua Igreja?
 IIVocê entende que ela deveria ser bem maior do que é hoje?
 III. Você deseja ver a sua Igreja crescer neste ano?
Então, dentro deste tema tenho uma palavra a dizer:
Uma igreja composta de crentes briguentos, depósitos de rancor, que sempre estão na Igreja
com a cara carrancuda, que não tem prazer em cooperar igualmente com os que  levam o
peso, é impossível crescer. Simples assim!
Tudo o que falamos até agora, sobre a Igreja que é exemplo de crescimento, é o retrato da
Igreja Primitiva.
Por isso tudo ela era uma Igreja alegre.  A felicidade reinava ali.
Certo escritor cristão disse que, “um cristão melancólico é uma contradição!”
A Igreja Primitiva caracterizava-se pela “alegria”.
Esse é o efeito da presença plena e do temor de Deus na vida dos seus membros.
Na Igreja Primitiva havia alegria, porque aqueles cristãos estavam SEMPRE  em paz com
Deus, com as pessoas, e com a obra de Deus.
Era uma Igreja que contava com a simpatia de todo o povo.
Era uma Igreja de gente que não podia deixar de ser querida por todos de dentro e fora
dela.
A Igreja Primitiva era composta de crentes bons (de bondade).
Há duas palavras gregas para bom:
IÁgathos que descreve um objeto como bom.
IIKalos que descreve algo que é bom, e tem aspecto de bom. Há um atrativo nele.
Uma Igreja verdadeiramente bíblica é uma Igreja boa, bonita e atrativa.
Se queremos uma Igreja que cresça no ano que se iniciou há poucos dias, precisaremos ser
como a Igreja primitiva, composta de gente atrativa, e, assim, nossa igreja crescerá todos os
dias.
CONCLUSÃO
Os cristãos primitivos formavam uma comunidade de crentes que, amavam a Palavra de Deus, eram batizados, e eram unidos por padrões definidos da Doutrina de Cristo e dos apóstolos.
Era uma comunidade unida pelo amor, pela oração, pela adoração e pelo serviço.
Era uma comunidade que compartilhava os seus bens, socorrendo os necessitados. (44-46)
Era uma comunidade alegre, simpática e com excelente reputação.
Era uma comunidade que frequentava assiduamente os cultos, mantendo a presença no Templo e exercendo um excelente trabalho de visitação nos lares, “de casa em casa”.
Esta é a Igreja que precisamos, para este novo ano e nova década.
Se formos assim, no final do próximo ano teremos o prazer de escrever na história da nossa Igreja: “Todos os dias acrescentou o Senhor à Igreja os que foram salvos!” (47) AMÉM!


Goiânia, 31 de dezembro de 2019

José das Graças Silva Oliveira
Pr. José das Graças Silva Oliveira



sexta-feira, 12 de abril de 2019

Estilo de vida é a causa de 63 mil mortes de câncer por ano no Brasil

O estudo foi realizado pelo Departamento de Medicina da USP

Por Agência Brasil
- Atualizado às 15h56 de 11/04/2019


Estilo de vida é causa de um terço das mortes por cancêr no Brasil -
São Paulo - Um terço das mortes causadas por 20 tipos de câncer no Brasil poderia ser evitado com mudanças no estilo vida. Tabagismo, consumo de álcool, excesso de peso, alimentação não saudável e falta de atividade física são fatores de risco associados a 114 mil casos da doença (27% do total) e 63 mil mortes (34% do total) por ano no Brasil.
Os dados, publicados na revista Cancer Epidemiology, fazem parte de um estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e da Harvard University, nos Estados Unidos, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O levantamento aponta, por exemplo, que a incidência de câncer de pulmão, de laringe, de orofaringe, de esôfago, de colón e de reto poderia ser reduzida pela metade caso esses cinco fatores de risco fossem eliminados. Leandro Rezende, pesquisador da FMUSP e um dos autores do estudo, destaca que não se conhece outra forma de prevenir tantos casos.
“O que nos surpreende é a magnitude de casos e mortes que a gente conseguiria evitar a partir da redução desses fatores de risco. Esse número deve chamar atenção para políticas públicas de redução do risco de câncer no Brasil”, disse à Agência Brasil.
Estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que, em 2025, os casos de câncer cresçam em até 50% no Brasil em decorrência do aumento e do envelhecimento da população. Atualmente, a doença é a segunda causa de morte no país.
O levantamento da FMUSP, contudo, aponta que, além das mudanças na estrutura populacional, o aumento da prevalência desses cinco fatores de risco no estilo de vida do brasileiro pode representar novos desafios para o controle do câncer na população.
Os pesquisadores traçaram estimativas de redução da doença caso esses fatores sejam reduzidos.
“Trabalhamos com algumas metas ou recomendações que são mais plausíveis de serem atingidas em nível populacional e que estão presentes em alguns documentos e recomendações por agências internacionais”, explicou Rezende.
Foi considerado o seguinte cenário: o consumo de álcool com uma redução relativa de 10%, uma diminuição de 1 kg/m2 no índice de massa corporal na média da população, uma dieta de cálcio de 200 mg a 399 mg por dia e a redução de 30% na prevalência do consumo de tabaco.
Essas alterações, do ponto de vista populacional, poderiam evitar 19.731 casos de câncer (4,5% dos casos) e 11.480 mortes (6,1%).
Políticas públicas
Rezende destaca que essas estimativas contribuem para formulação de políticas públicas na área de saúde pública. Ele cita como exemplo o combate ao tabagismo no Brasil que conseguiu reduzir para menos da metade a proporção de fumantes em relação a década de 1990.
“Hoje, aproximadamente 10% da população brasileira fumam [antes, eram mais de 30%]. Quando o Brasil adotou um pacote de medidas, leis e regulamentação do tabaco no Brasil, como a tributação do cigarro, a proibição do consumo em local fechado, a gente teve um impacto bastante positivo na saúde da população”, disse.
O pesquisador aponta que o tabagismo é responsável por 67 mil casos de câncer por ano no Brasil, o equivalente a 15,5% dos casos e 40 mil mortes.
“Tem um debate bastante atual de que se deveria reduzir o imposto dos produtos derivados do tabaco para diminuir o consumo de cigarro contrabandeado. É importante trazer a magnitude do estrago que o cigarro faz na saúde da população quando se estimula o consumo. Hoje, o Brasil é um case de sucesso e a gente, primeiramente, precisa manter isso”, defendeu.
Um grupo de trabalho foi instituído em março deste ano pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para avaliar “a conveniência e oportunidade” da redução da tributação de cigarros fabricados no Brasil.
Para Rezende, o combate ao tabagismo poderia servir de exemplo para a elaboração de outras políticas no campo da alimentação.
“Rotulagem, restrições de marketing e aumento de impostos de produtos da indústria de alimentos para desestimular o consumo são propostas possíveis de serem implementadas pegando emprestado o case de sucesso do tabaco para tentar reduzir o excesso de peso e obesidade da população no Brasil”, sugeriu.
Ele lembra que o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda que sejam consumidos principalmente produtos in natura e que se evitem alimentos processados, especialmente ultraprocessados.
Metodologia
A pesquisa partiu do consenso na literatura científica de que cinco fatores de risco – tabagismo, consumo de álcool, excesso de peso, alimentação não saudável e falta de atividade física – estão associados a 20 tipos de câncer.
O que o novo estudo fez foi calcular a fração atribuível populacional (FAP) da doença relacionado a dados populacionais sobre o índice de massa corporal (IMC) elevado, consumo de cigarro, álcool, prática de atividade física e informações sobre a alimentação.
De acordo com os pesquisadores, a FAP é uma métrica que estima a proporção da doença possível de prevenir na população caso os cinco fatores de risco fossem eliminados, mantendo as demais fatores/causas estáveis.
Os dados sobre a distribuição dos fatores de risco do estilo de vida foram calculados a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, para estimar consumo de álcool, índice de massa corporal (IMC), consumo de frutas e hortaliças, atividade física, tabagismo e fumo passivo entre não fumantes no Brasil.
Foi utilizada também a Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares (POF), realizada entre 2008 e 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para obter o consumo alimentar de fibras, cálcio, carne vermelha e processada.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

SAÚDE: LÚPOS

Fevereiro roxo: entenda o lúpus, doença que afeta Selena Gomez 


Doença autoimune causa inflamações na pele, articulações e órgãos; apesar de não ter cura, o lúpus pode ser tratado e paciente pode ter vida normal



  • Giovanna Borielo, do R7*


Selena Gomez fez um transplante de rim em 2017 devido ao lúpos.

O lúpus é uma doença reumática crônica e autoimune, comumente identificada em mulheres na idade fértil, entre 15 e 35 anos. Uma dessas mulheres afetadas é a atriz e cantora norte-americana Selena Gomez que, em 2017, passou por um transplante em decorrência de uma complicação do lúpus, e fala abertamente sobre sua doença.
De acordo com o reumatologista Luís Carlos Latorre, membro da Comissão de Lúpus da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia), a doença se caracteriza pela produção de anticorpos que atacam o próprio organismo — os auto-anticorpos.
O mês de fevereiro é marcado pela campanha Fevereiro Roxo, visando a atenção à fibromialgia, lúpus e Alzheimer, doenças sem cura. Entretanto, mesmo que o lúpus não tenha cura, a doença pode ser bem controlada e o paciente pode ter uma vida normal.
De início, os sintomas podem ser confundidos com outros problemas, já que se apresentam pela indisposição, febre, perda de peso e de apetite. O diagnóstico do quadro é feito por meio da análise clínica dos sintomas, somados aos resultados de exames de sangue, entre eles, o exame de fator antinúcleo (FAN), que detecta a presença dos auto-anticorpos.
Segundo Latorre, o ataque desses anticorpos causa processos inflamatórios, podendo acometer pele, articulações, e alguns órgãos, como os rins, que são afetados de 40% a 50% dos casos, e o coração. O acometimento dependerá do tipo de lúpus, que pode ser cutâneo, afetando a pele, ou erimatoso, afetando órgãos e articulações.Quando as inflamações não são controladas, esse acometimento dos órgãos pode resultar em problemas de seu funcionamento. 
O lúpus pode ser tratado com o auxílio de um médico reumatologista, que receitará medicamentos corticóides para reduzir as inflamações, e imunossupressores, para que os anticorpos parem de atacar os órgãos saudáveis e a pele. A dosagem dos medicamentos pode diminuir conforme a evolução do tratamento e a remissão da doença.
O tratamento de lúpus também é oferecido gratuitamente por meio do SUS (Sistema único de Saúde).
Latorre afirma que o paciente portador de lúpus deve ter alguns cuidados para que não haja a reativação da doença, usando sempre protetor solar com fator de proteção acima de 30, evitar exposição ao sol, evitar o uso de anticoncepcionais com estrógeno e ter uma dieta controlada para evitar o aumento de colesterol.
Fonte: https://noticias.r7.com/saude

sábado, 9 de fevereiro de 2019

O Alzheimer

Atividades físicas e sociais protegem cérebro de danos do Alzheimer

Estímulos promovem mudanças que protegem o cérebro de lesões que causam a perda de memória e de funções cognitivas

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  • Praticar atividades ajuda a proteger o cérebro de lesões para o Alzheimer

    Praticar atividades ajuda a proteger o cérebro de lesões para o Alzheimer

    Pixabay



    Atividades físicas, sociais e de lazer praticadas por idosos e pacientes com doença de Alzheimer podem ajudar a preservar funções cognitivas e a retardar a perda da memória, mostra novo estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) e na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Os estímulos promovem mudanças morfológicas e funcionais no cérebro, que protegem o órgão de lesões que causam as perdas cognitivas.

    A descoberta foi feita por meio de um experimento com camudongos transgênicos, os quais foram alterados geneticamente para ter uma super expressão das placas senis no cérebro. Essas placas são uma das características da doença de Alzheimer. Os animais foram separados em três grupos: os transgênicos que receberiam estímulos, os transgênicos que não receberiam e os animais-controle que não têm a doença.


    “Quando eles estavam um pouquinho mais velhos, por volta de 8 a 10 meses, colocamos parte desses animais em um ambiente enriquecido, que é uma caixa com vários brinquedos, e fomos trocando os brinquedos a cada dois dias”, explicou Tânia Viel, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e coordenadora do projeto.

    O experimento durou quatro meses e, após esse período, eles foram submetidos à avaliação de atividade motora, por meio de sensores, e de memória espacial, com um teste chamado labirinto de Barnes. Os resultados mostram que os camudongos transgênicos que foram estimulados com os brinquedos tiveram uma redução de 24,5% no tempo para cumprir o teste do labirinto, na comparação com os animais que não estiveram no ambiente enriquecido.


    Também foram analisados os cérebros dos camundongos. Ao verificar as amostras do tecido cerebral, os pesquisadores constataram que os animais transgênicos que passaram pelos estímulos apresentaram uma redução de 69,2% na densidade total de placas senis, em comparação com os que não foram estimulados.

    Além da diminuição das placas senis, eles tiveram aumento de uma proteína que ajuda a limpar essa placa. Trata-se do receptor SR-B1, que se expressa na célula micróglia. O receptor faz com que essa célula se ligue às placas e ajude a removê-las. “Os animais-controle, sem a doença, tinham essa proteína que ajuda a limpar a placa, inclusive todo mundo produz essa proteína. Os animais com Alzheimer tiveram uma redução bem grande dessa proteína e os animais do ambiente enriquecido [que tiveram estímulos] estavam parecidos com os animais-controle”, explicou Viel.


    A pesquisadora diz que o trabalho comprova hipóteses anteriores e que agora o grupo trabalha para ampliar a verificação em cães e seres humanos. Para isso, será necessário, inicialmente, descobrir marcadores no sangue que apontem a relação com a doença de Alzheimer.

    “Em ratos, a gente analisa o cérebro e o sangue para ver se esses biomarcadores estão tanto no cérebro quanto no sangue. Quando a pessoa perde a memória, há algumas proteínas que aumentam no cérebro e outras que diminuem. Nos cães e nos seres humanos, a gente está vendo só no sangue”, justificou. Com a descoberta desses marcadores no sangue, será possível fazer experimentos similares ao do camundongo, com testes motores e de memória, para confirmar ou descartar as alterações em cães e seres humanos após os estímulos.


    Para Tânia Viel, como não se sabe qual ser humano desenvolverá a doença, quanto mais aumentar a estimulação na vida dele, melhor vai ser para a proteção do cérebro. “É mudar a própria rotina. Muita gente fala que não teve tempo para fazer outras coisas, mas se a pessoa tiver condições e puder passear no quarteirão, já começa por aí, fazer uma atividade física e uma atividade lúdica, passear com cachorro, com filho, curso de idiomas, de dança. Isso ajuda a preservar o cérebro”, sugere.

    O estudo foi publicado na revista Frontiers in Aging Neuroscience e recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.


  • O Alzheimer é uma doença degenerativa do sistema nervoso que leva a alterações progressivas da memória, do comportamento e da funcionalidade. Está relacionada ao envelhecimento, embora também esteja associada a fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo, obesidade, baixa escolaridade e até mesmo isolamento social e sintomas depressivos, segundo o neurologista Rodrigo SchultzFoto: Pixabay