A ALEGRIA DO SERVO DE
DEUS
Texto Bíblico: Salmo 126
1
Um cântico de peregrinação. Quando o SENHOR trouxe novamente restauração a
Sião, nos sentimos como num sonho!
2
Então, se nos encheu de riso a boca, e a nossa língua de alegres expressões de
louvor. Até nas outras nações se comentava: “O Eterno fez maravilhas por esse
povo!”
3
Sim, realizações grandiosas fez o SENHOR por nós, por esse motivo estamos
felizes!
4
SENHOR, traze os nossos cativos de volta, assim como enches o leito dos
ribeiros no deserto do Neguebe.
5
Os que em lágrimas semeiam, em júbilo ceifarão!
6
Aquele que parte chorando, enquanto lança a semente, retornará entoando
cânticos de louvor, trazendo seus feixes. KJA
TESE:
“Deus inverte os infortúnios de
seu povo, ele domina o mal com o bem, o sofrimento com a bênção!”
INTRODUÇÃO
Este
é mais um salmo que, tem como plano de fundo o sofrimento, pois, ele revela
situações, como algum momento de cativeiro oprimindo o povo de Deus. (4,1)
Nas
horas de triunfo não podemos nos esquecer de que, a tribulação pode não estar longe.
Como
já vimos frisando, estamos subindo uma escada desde o Salmo 120.
Este
é o sétimo degrau, e nele encontramos uma
alegria especial.
É
o momento da caminhada em que podemos nos sentir, indo
de bênção em bênção.
Cada
degrau dessa escadaria nos ensina que, se a perspectiva da tribulação tende
ofuscar o triunfo, devemos resolver que, o triunfo ilumine a tribulação.
Como
pode ser atualmente para nós, no texto as pessoas estão felizes, porque faz de cada subida um
cântico e de cada situação um hino.
Este
salmo começa, e conclui-se,falando da
nossa alegria como servos de Deus:
1. DEVIDO À RESTAURAÇÃO OPERADA POR DEUS EM
NOSSOS MOMENTOS DE CRISES (1-2)
Quando
cita “o leito dos ribeiros no deserto do Neguebe!” (4),o texto fala da
misericórdia divina em lugares secos e sombrios.
A
mensagem é a mesma que já vimos num salmo anterior: “... O pranto pode durar
uma noite, mas a alegria nasce ao romper do dia!” Salmo 30.5
O
poema é um cântico depois de um grande livramento de opressão.
Jerusalém havia passado por tristeza e desespero, mas, agora,a prosperidade é vislumbrada.
Uma
nuvem escura baixava sobre a amada capital, e seus cidadãos oravam:
"Restaura-nos, ó Senhor".
A
descrição é de salvamento de grande aflição séria ou de uma tirania esmagadora.
A
oração pedia socorro:“Restaura,
SENHOR, a nossa sorte, Senhor!” 126.4
Esta
oração pedia o retorno físico à Terra Prometida, a necessária presença de Deus, e a recomposição de sua aliança.
Profeticamente,trata-se
de uma oração pela vinda de Jesus, que concluirá toda a obra de Redenção para o
Seu povo.
A
grande nota desse salmo é que, as bênçãos que recebemos, vem sempre de Deus.
(3)
- O Senhor trouxe novamente restauração. (1)
- “O Eterno fez maravilhas por esse povo!” (3)
Como
disse o profeta: “Ah Senhor DEUS! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o
teu grande poder, e com o teu braço estendido; nada há que te seja demasiado
difícil!” (Jeremias 32:17)
Como
servos de Deus temos motivos para expressar nossas alegrias.
2. DEVIDO AO TESTEMUNHO DE BÊNÇÃOS QUE O PRÓPRIO
MUNDO DÁ DE NÓS, DIANTE DO QUE DEUS FAZ EM NOSSAS VIDAS. (2)
Os
próprios incrédulos reconhecem que algo de incomum acontece ao povo de Deus.
O
mundo recebe os relatos das experiências dos feitos de Deus na vida dos seus
servos. (2-3)
“As
realizações grandiosas” de Deus pelo seu povo (3) comandam a atenção do mundo:
“Vós
sois as minhas testemunhas!’, diz Yahweh, ‘e meu servo a quem escolhi, para que
o saibais, e creiais em minha pessoa, e entendais que Eu Sou Deus e que antes
de mim nenhum deus se formou, tampouco haverá algum depois de mim. Eu, eu mesmo, sou Yahweh, o SENHOR, e além de
mim não há Salvador algum. Eu revelei,
salvei e proclamei. Portanto, sois minhas testemunhas de que Eu Sou Deus’,
assim declara Yahweh! Agindo Eu, quem
impedirá?” Isaías 43.10-13
As
nações confessam, o que acontece ao povo de Deus: "O SENHOR os tem tratado
magnificamente."
Era
a mesma confissão, feita pelos que regressavam que, com base na experiência pessoal testificavam
do poder redentor de Deus.
Deus
manifestou o Seu poder de salvar no êxodo egípcio e regresso do exílio
babilônico, e essa foi uma fase preparatória da obra de Jesus Cristo em Sua
vinda.
Uma
das verdades que podemos extrair desse salmo, é que “o mundo não é inconsciente
do que acontece ao povo de Deus” (J. R. P. Sclater, in loc.).
Os
incrédulos veem e observam, quando Deus faz algo extraordinário pelo seu povo.
Os
cristãos também devem reconhecer os grandes feitos do Senhor.
Através
do louvor a Deus podemos expressar nossa alegria.
Nós,
também, podemos expressar através do louvor a Deus a alegria das nossas
vitórias.
3. DEVIDO ÀS
REALIZAÇÕES GRANDIOSAS OPERADAS POR DEUS EM NOSSAS VIDAS. (3)
“Sim,
realizações grandiosas fez o SENHOR por nós, por esse motivo estamos felizes!”
(3)
Este
salmo expressa algo das maravilhas que, Deus fizera pelo seu povo.
Nestes
Cânticos dos Degraus nós já lemos que, “o cetro ou a vara dos maus não pousará
sobre a sorte dos justos!” No Sl 125.1-5
Aqui vemos que, é removido deles para sua
grande alegria.
A
palavra "restaura" parece ser a nota dominante do nosso poema de
hoje.
É
um salmo de conversão - conversão de cativeiro.
No caso refletido no texto seria a conversão do cativeiro e domínio de algum povo estrangeiro para a liberdade operada por Deus.
No caso do cristão é a conversão do cativeiro do pecado para a liberdade em Cristo.
Pode ser usado para enlevar a alma perdoada e
libertada por Jesus Cristo do poder do pecado.
A
referência a sonhos pode descrever o êxtase do povo no que acontecera.
“Grandes
coisas fez o Senhor por nós!” (3)
Nesse
reconhecimento e confissão há alguns pontos de gratidão dignos de nota:
- Foram "grandes coisas" as que foram feitas.
- O Autor dessas grandes coisas foi"o Senhor".
Como
disse Paulo em Rom. 8.31, tais “grandes coisas”, foram feitas não contra nós,
mas "por nós", e esse é um dos motivos da nossa alegria.
4. DEVIDO AO RESULTADO BRILHANTE QUE DEUS NOS
CONCEDE DIANTE DAS NOSSAS LABUTAS. (5-6)
Os
dois últimos versículos do texto são uma promessa com um significado universal:
“Os
que semeiam em lágrimas segarão com alegria!” (5).
Todo
o processo da “semeadura ou plantio” em qualquer empreendimento é um tempo de
labutas e ansiedades, mas a colheita abundante compensa todo o esforço
despendido.
Os
cristãos sempre lerão este salmo, tendo em mente a parábola do semeador (Mt
13.1-15; Mc 4.1-12; Lc 8.4-10).
“A
semente é a palavra”, e, embora o semeador saiba que, uma parte vai cair no
caminho, outra entre os espinhos, outra sobre pedregulhos, ele também sabe que,
uma parte cairá em terra boa e produzirá fruto de salvação, a cem, sessenta e
trinta por um.
Este
salmo fala sobre a obra missionária da Igreja que, proclama o plano de Deus de
salvar o pecador, através de Jesus Cristo.
A
agricultura era, naquela época, como é até hoje, um negócio trabalhoso, sempre
dependente:
- das chuvas
- da neve,
- de proteção contra as doenças e pragas, que destroem as jovens plantinhas.
- de proteção contra a invasão de estrangeiros que, naquela época era muito comum.
E
ainda outros fatores que podem entravar o processo e destruir a colheita
esperada.
O
agricultor tem para cada estação e cada dia uma labuta distinta.
Assim
o servo de Deus tem distintos deveres em sua vida:
- espiritual,
- profissional,
- eclesiástica,
- familiar,
- e no mundo onde está inserido.
É
por isso que, a semeadura geralmente é feita com muitas lágrimas:
- Talvez devido a algum problema com o solo. Há solos tão difíceis para a plantar a obra de Deus que, ultimamente temos ouvido sempre que, devemos plantar onde há mais probabilidade de colheita.
- O clima que metaforicamente nem sempre é favorável. Quantos servos de Deus estão plantando uma Igreja onde o clima é de total perseguição!
- À malícia e oposição de inimigos.
- Desapontamentos presentes e passados que podem vir tanto de fora como de dentro do rebanho que está sendo edificado.
Apesar
dos obstáculos e riscos, uma colheita alegre, pela bênção de Deus, é a
consequência natural de um tempo bom de semeadura, mesmo feita com lágrimas.
Deus
promete que “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria!” (5).
O
texto fala que a fé perseverante, obtém um enlevo no presente, e assegura uma
colheita deleitosa no futuro.
O
Pr. Samuel Lavington, (1726-1807) disse em um sermão sobre este salmo que,
neste vale de lágrimas a esperança e a perspectiva dessa colheita alegre é o
que, nos sustenta sob todas as sombras e aflições.
Aqui
neste poema temos claramente a Lei da Semeadura:
- Não há colheita sem semeadura.
- O que os homens semeiam eles colherão.
- Semeando semente preciosa, há colheita preciosa.
- Na proporção em que semeiam, colherão. "Aquele que semeia pouco ou muito".
- A semeadura pode ser com tristeza, mas a colheita será com alegria.
- Na proporção da tristeza da semeadura haverá a alegria da colheita (G. R.).
Em
termos do trabalho que prestamos a Cristo, "sem dúvida" (3). Estas
são as mesmas razões, pelas quais nosso trabalho no Senhor não pode ser em vão.
Trabalhamos,
e somos encorajados pelas “realizações grandiosas” que,
Deus opera em favor do Seu povo.
CONCLUSÃO
Esse
texto refuta os que duvidam, e preocupam-se demais apenas consigo mesmos, e se
ocupam demais com o próprio conforto, e se esquecem da obra de Deus. As nossas igrejas estão cheias de tipo de cristãos.
Estamos
numa caminhada, enfrentando lutas e lágrimas em nossos afazeres, mas semeando
boas sementes,sem dúvida a colheita será com cânticos de alegria.
Este
texto é o retrato do semeador fiel ao seu Senhor.
É
o crente fiel, e, por isso, bem-sucedido, bem-aventurado, pessoalmente honrado,
e abundantemente recompensado.
APELO
Não
importa qual seja a situação que você esteja vivendo,creia em um final feliz.
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