Risco de osteoporose após
os 50 anos é similar ao de hipertensão
A Fundação Internacional da Osteoporose (IOF)
divulgou nova pesquisa nesta sexta-feira (19) em virtude do Dia Mundial da
Osteoporose, neste sábado (20)
Deborah Giannini, do R7
Cerca de 85% das mulheres com osteoporose não fazem
tratamento
Pixabay
O risco de osteoporose após
os 50 anos é de 44% a 54%, similar ao de hipertensão ou de colesterol alto. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (19) pela Fundação
Internacional da Osteoporose (IOF), em virtude do Dia Mundial da Osteoporose,
celebrado neste sábado (20).
A pesquisa mostra ainda que a
chance de uma fratura no fêmur, causada pela fragilidade dos ossos provocada
pela osteoporose ao longo da vida, é semelhante ao risco de sofrer um AVC,
sendo de 10% a 23% para fratura de fêmur e 20% para AVC em mulheres e de 6% a
14% para fratura de fêmur e 14% para AVC em homens.
As fraturais mais frequentes relacionadas à osteoporose são de
vértebras, seguida pela de fêmur. Embora sejam uma das principais causas de dor
e de incapacidade a longo prazo, cerca de 70% das fraturas de vértebras não
recebem tratamento adequado.
Segundo o IOF, sinais de possíveis fraturas nas vértebras são
dor súbita e severa nas costas, perda de mais de 3 cm de altura e costas
curvadas.
O levantamento revelou ainda
que cerca de 85% das mulheres acima de 50 anos com osteoporose não fazem
tratamento. Isso reflete a pouca importância que tem sido dada à doença,
aumentando os cuidados pós-fratura.
A entidade ressalta que a fratura por fragilidade dos ossos
causada pela osteoporose é um obstáculo para o envelhecimento saudável,
impactando a independência de 20 milhões de pessoas, sendo 16 milhões de
mulheres e 4 milhões de homens.
Depois de uma primeira fratura por fragilidade dos ossos, uma
pessoa se torna cinco vezes mais propensa a ter um segundo trauma nos próximos
dois anos. O estudo ressalta que, não basta tratar uma fratura subsequente, são
necessárias medidas de prevenção.
A perda da mobilidade e da independência, a longo prazo, causa
impactos não apenas físicos, mais emocionais e financeiros, destaca a pesquisa.
O IOF afirma que a doença
pode ser prevenida, mas é negligenciada pelas pessoas e pelos governos,
frisando que na União Europeia esse prejuízo é de quase 20 milhões de euros.
A osteoporose, que significa “osso poroso”, se caracteriza pela
diminuição progressiva da densidade óssea, levando a um maior isco de fraturas.
A perda óssea é silenciosa e progressiva, sendo geralmente descoberta quando
ocorre a primeira fratura por fragilidade óssea por um evento de baixo trauma –
que pode ser até um espirro.
Um em cada cinco homens e uma em cada três mulheres com mais de
50 anos terá a doença, segundo o órgão. A doença atinge especialmente as
mulheres após a menopausa devido à queda na produção do estrógeno.
A pesquisa mostra que na União Europeia, a Itália é país com a
maior incidência da doença, com 23% das mulheres e 7% dos homens acometidos por
ela.
A independência reduzida é um
dos fatores mais angustiantes para pacientes com osteoporose, segundo o estudo.
A deficiência associada a fraturas de fêmur pode ser grave.
Um ano após a fratura de fêmur, 40% dos pacientes ainda não
conseguem caminhar de forma independente e 80% têm restrição a outras
atividades, como dirigir e ir ao supermercado.
Fonte: https://noticias.r7.com
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