O
RELIGIOSO PERFEITO-II
“Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua
língua ferina, está apenas enganando-se a si mesmo, e a sua religião não vale
nada!” Tiago 1:26
1 “Meus irmãos,
não sejam muitos de vocês mestres na igreja, pois nós mestres, os que
ensinamos, seremos julgados com maior rigor do que outros.
2 Todos nós cometemos erros. Se alguém pode dominar a sua
língua, isso prova que ele tem perfeito domínio sobre si próprio em tudo o
mais.
3 Podemos fazer com que um cavalo grande se volte, e vá
para onde quisermos, por meio de freios em sua boca.
4 E um leme minúsculo faz com que um navio enorme se
volte para qualquer lado que o piloto queira que vá, mesmo que os ventos sejam
fortes.
5 Assim também a língua é um pequeno órgão, mas se
orgulha de grandes coisas! Uma grande floresta pode incendiar-se por meio de
fagulha pequenina.
6 E a língua é uma chama de fogo. Está cheia de maldade e
envenena todos os membros do corpo. E é o próprio inferno que ateia fogo à
língua, que pode transformar toda a nossa vida numa chama ardente de destruição
e desastre.
7 Os homens têm domesticado, ou podem domesticar,
qualquer espécie de animal ou ave que tem vida, e qualquer réptil e criatura do
mar,
8 Mas nenhum ser humano consegue dominar a língua. Ela é
incontrolável e está sempre pronta a expelir seu veneno mortífero.
9 Com a língua damos louvores ao nosso Senhor e Pai, e
com ela rompemos em maldições contra os homens que são feitos à semelhança de
Deus.
10 E assim a bênção e a maldição vêm brotando da mesma
boca. Meus irmãos, é evidente que isso não está certo!
11 Acaso pode uma fonte d’água jorrar primeiro água doce
e depois água amarga?
12 Meus irmãos, acaso podemos colher azeitonas de uma
figueira, ou figos de uma videira? Não! E não se pode tampouco tirar água doce
de um poço salgado.
No
estudo bíblico anterior neste capítulo destacamos o mestre.
Agora, destacaremos a II parte do nosso tema “O Religioso Perfeito”, enfatizando o
seu modo de falar.
O RELIGIOSO PERFEITO NÃO SE CONDENA NO SEU FALAR
INTRODUÇÃO
Paulo disse que, falamos
o que os nossos pensamentos maquinam, e que a maneira de refrear a língua não é
simplesmente guardando silêncio, mas sim, levando “cativo
todo o pensamento à obediência de Cristo!”
“...e
dominamos todo o pensamento carnal, para torná-lo obediente a Cristo!” II Cor.
10:5
“Concluindo, caros irmãos, absolutamente tudo
o que for verdadeiro, tudo o que for honesto, tudo o que for justo, tudo o que
for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de
excelente ou digno de louvor, nisso pensai!”Fl. 4:8
Muitas coisas que falamos, Jesus não considerou como “boas intenções”, mas “maldade!” Ele
disse: “Raça de víboras! Como podeis falar coisas boas, sendo maus? Pois a boca
fala do que está cheio o coração. Uma boa pessoa tira do seu bom tesouro coisas
boas; mas a pessoa má, tira do seu tesouro mau, coisas más!” Mat. 12:34-35
É por isso mesmo que Tiago disse que, o religioso perfeito cuida do que fala.
1. SÃO VÁRIOS OS PECADOS DA LÍNGUA NA BÍBLIA.
“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a
utiliza, come do seu fruto!” Prov. 18:21
Poderíamos dizer que hoje falaríamos sobre uma agência que Deus criou e deu ao homem para glorificá-lo abençoando vidas, mas, ao mesmo tempo podemos dizer que, o homem a transformou numa grande fábrica de pecados.
São vários os pecados que são praticados pela língua:
São vários os pecados que são praticados pela língua:
- A mentira. “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor!” Pv. 12:22 , lembrando que, “O pai da mentira é o Diabo!”João 8:44
- Falar piadas sujas e imorais
- Os chingamentos.
- Falar depreciando o próximo!
- A maledicência. Prov. 26:20
- A fofoca.
- Falar dando falso testemunho.
- Falar blasfêmias.
- Falar escarnecendo do próximo.
- Falar bajulando pessoas de classes superiores.
- Falar, aprovando coisas erradas.
- Falar, julgando ao próximo.
- Falar, metendo-se em conversas alheias. Prov. 26:17
- Falar com raiva, de modo rixoso. Prov. 10:6 e 21:19
- Falar, amaldiçoando. Luc. 6:28
- Falar difamando. “O homem difamador separa os melhores amigos!” Prov. 16:28
O apóstolo Paulo
aconselhou: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual fostes
selados para o dia da redenção. Toda amargura, cólera, ira, gritaria e blasfêmia sejam eliminadas do meio de vós, bem como toda a maldade! Pelo contrário, sede bondosos e compassivos uns para com
os outros, perdoando uns aos outros, da mesma maneira como Deus vos perdoou em
Cristo!” Efésios 4:30-32
Se você é praticante contumaz de qualquer destes pecados
alistados acima, é preciso arrepender-se, e, em oração, confessá-los a Cristo e
libertar-se.
2. O RELIGIOSO PERFEITO CONSIDERA O PODER DO
MAL QUE EXISTE NAS PALAVRAS. (6-12)
A língua é a melhor ferramenta no homem, que Deus pode usar
para abençoar vidas! Mas, pode, também, causar dano e prejuízo como um incêndio
num bosque.
Jesus ensinou que, “o
falar do crente deve ser: Sim! Sim! Não! Não!’ O que passa disso é de
procedência maligna!” Mat. 5:37
“Os dentes podem ser implantes, mas a língua deve ser
verdadeira” P.E.Holdcraf
A língua expressa fielmente a personalidade e o caráter
da pessoa, como disse Tiago: “O homem é guiado pelo que diz!” (2)
Não existe pecado, no qual seja mais fácil cair, e que
tenha conseqüências mais drásticas que o mal uso da língua.
Alguém disse: “Faze pra as tuas palavras uma balança e um
peso; para a tua boca, porta e ferrolho. Vela para não dares passo em falso com
a língua, para que não caias diante daquele que te espreita!”
Segundo Tiago o terror da língua é que ela pode estar sendo acesa por ferramentas infernais, e pode
destruir toda uma vida! (6)
Grandes servos de Deus falharam no uso da língua:
Pedro pôde afirmar: “Ainda
que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei! Estou pronto para
ir contigo até à morte!” (Mateus 26:33), mas foi essa mesma língua
que também pôde negar a Jesus com juramentos e maldições. (Mateus
26:69-75).
João, o apóstolo do amor disse: "Amados, amemo-nos uns aos outros". Esse João é o mesmo que uma vez pediu a Cristo que fizesse
cair fogo do céu, para arrasar toda uma aldeia samaritana (Lucas 9:51-56).
Até a língua dos apóstolos puderam dizer coisas muito
distintas e ofensivas a Deus, e incoerentes com sua missão.
Nós não somos melhores do que nenhum dos apóstolos e por
isso precisamos ter cuidado com o que fala a nossa língua.
3. O FALAR DO RELIGIOSO PERFEITO É
AMADURECIDO. (1-4)
Tiago sugere que se podemos dominar a língua, também
estaremos em condições de dominar todo o corpo; mas se a língua não está sob
controle, a vida toda estará entregue ao mau caminho.
No texto Tiago
está preocupado com a murmuração contra o próximo, e a palavra que expressa a
ideia de murmurar a respeito de outros é o verbo grego katalalein.
Geralmente este verbo significa falar mal de alguém que
está ausente, criticá-lo, insultá-lo, caluniá-lo sem que esteja presente para
defender-se.
Este pecado de caluniar, de insultar, de falar mal do
próximo é condenado em toda a Bíblia.
Katalalia é o pecado daqueles que se reúnem em pequenos grupos e
fazem circular confidencialmente informações fragmentadas recebidas através de
rumores que destroçam a reputação e o bom nome de pessoas que não estão ali
para defenderem-se.
Tiago condena esse procedimento por algumas razões:
- É uma infração à lei de Deus.
A lei áurea da Bíblia diz que “devemos amar a nosso próximo como a nós mesmos” (Tiago 2:8; Lev. 19:18).
É incoerente a pessoa dizer que ama ao seu próximo e, ao
mesmo tempo, falar dele escandalosamente.
Tiago disse que o dever do crente não é julgar a lei, mas
sim obedecê-la. Quem fala mal de seu próximo se coloca como juiz da lei, está
quebrantando a lei, e dessa forma, está por ela condenado.
- É uma violação dos direitos que somente Deus possui.
Falar mal do nosso próximo, criticá-lo, caluniá-lo ou insultá-lo
é condená-lo.
Tiago diz que, nenhum ser humano tem direito de julgar a
outro ser humano; o direito de julgar pertence unicamente a Deus.
Julgar a outro é apropriar-se de um direito que pertence unicamente
a Deus.
“Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua
língua, engana-se a si mesmo. Sua espiritualidade não tem valor real algum!”
Tiago 1:26
“threskeia” = religião. No texto essa palavra
significa adoração e culto.
O que Tiago está dizendo em toda a sua epístola é que toda
a adoração e culto são vãos e inúteis, se não
impulsionarem o homem a amar a Deus, amando ao seu próximo, e a conduzirem-se
com pureza em meio às tentações produzidas pela língua e pelo mundo.
4. O RELIGIOSO PERFEITO TRABALHA PELA
SALVAÇÃO E EDIFICAÇÃO DO PRÓXIMO E NÃO PELA SUA DESTRUIÇÃO.
Dentro das igrejas existem muitas pessoas que, ficam incomodadas com o comportamento de outras, e as criticam, e muitas vezes até deixando claro que, não gostariam de ver tais pessoas entre elas.
Deus quer todas estas pessoas compartilhando do convívio da Igreja, porque assim, no momento certo, através da ação do Espírito Santo, Deus pode fazer toda a mudança necessária. Isso é quase impossível fora do convívio da igreja.
Como disse Tiago, a língua pode ser um fogo devorador!
É muito triste ver um esposo crente falando mal de sua esposa crente ou o
contrário; Filhos crentes falando mal de seus pais ou o contrário; Membros da
Igreja falando mal de outros membros da Igreja. Crentes falando mal dos seus
vizinhos, etc.
Há duas razões pelas quais o dano que a língua pode
causar, podem ser como o de um fogo:
1. É de vasto alcance.
Ela pode causar danos a grande distância.
Uma palavra casual deslizada num extremo do país ou da
cidade pode terminar produzindo destruição, tristeza e falência de coração e
relacionamentos e até morte no outro
extremo.
2. É difícil de dominar.
Em quaisquer bosques ou matagais secos, um incêndio pode ficar fora de controle. É
assim o mal para quem não consegue
controlar a língua.
"Três coisas há que não retornam: a flecha lançada,
a palavra falada e a oportunidade perdida."
Uma vez pronunciada a palavra, não há maneira de fazê-la
retornar.
O que você escreve ou digita, pode, também, apagar ou
deletar, mas não o que fala.
É por isso que, precisamos pensar bem antes de falar,
porque, ainda que não possamos fazê-la retornar, e mesmo que nos arrependamos
do que foi falado, teremos que responder pela palavra pronunciada, e em alguns
casos pode até dar um Processo Judicial.
CONCLUSÃO
Estamos concluindo o nosso tema acerca do religioso perfeito. Como você se encaixa nestes parâmetros bíblicos apresentados nestes dois estudos?
Estamos concluindo o nosso tema acerca do religioso perfeito. Como você se encaixa nestes parâmetros bíblicos apresentados nestes dois estudos?
Alguém disse que “não deve haver no crente algo de diabo
e algo de anjo, algo de herói e algo de vilão, algo de santo e algo de ímpio”.
Tiago está convencido de que em nenhuma outra parte esta
contradição faz-se tão evidente como na língua.
A língua é capaz de abençoar ou amaldiçoar, de ferir ou
de curar; pode expressar os mais puros
sentimentos, porém, também, pode pronunciar as palavras mais sujas, cruéis e
destruidoras.
O nosso dever como crente é fazer com que a língua não seja
contradizente, mas, sim, que ela sempre fale unicamente palavras que possam
agradar a Deus e edificar o próximo.
Não devemos permitir que a nossa língua seja:
Uma peçonha mortal = malícia, maldade, veneno.
Um mundo de iniquidades = uma grande soma de pecados, que
revele somente distância de Deus.
A recomendação do apóstolo Paulo é: “E tudo o que fizerdes, seja por palavra,
seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai!” Colos. 3:17
É impossível ser um religioso perfeito sem observar os cuidados que se necessita com o conteúdo do que se fala e com o modo de falar.
É impossível ser um religioso perfeito sem observar os cuidados que se necessita com o conteúdo do que se fala e com o modo de falar.
APELO:
Como estamos nós, como crentes, como família, e como Igreja? Se estamos
tropeçando no modo de falar, é hora de rever os conceitos e mudar, para que possamos abençoar o nosso próximo e para que Deus venha a ser glorificado.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1.Barclay, James William – The Letter of James. Tradução: Carlos
Biagini.http://minhateca.com.br
2. Bíblia Shedd
3. Everett F. Harrison. Comentário Bíblico Moody. Vol. 5. 1ª Edição,
Imprensa Batista Regular. 1993
4. Allen, Clifton J. Comentário Bíblico Broadman: N.T. V. 12.
Tradução: Adiel Almeida de Oliveira. Rio
de Janeiro. JUERP.
1985
5. Champlin, Russell
Norman. O Novo Testamento Interpretado
Versículo Por Versículo. V. 6. 1ª Edição.
Milenium Distribuidora
Cultural Ltda. São Paulo. 1982
Pr. José das Graças Silva Oliveira
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