segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

ESTUDO BÍBLICO

À CIDADE DO DEUS VIVO
Texto Bíblico: Hebreus 12:18- 29
18 Ainda não chegastes ao monte palpável e em chamas, à escuridão, às trevas, à tempestade,
19 ao clangor da trombeta, ao som das Palavras, que os que a ouviram rogaram que não se lhes pronunciasse mais;
20 porquanto, não podiam suportar o que lhes era ordenado: “Até mesmo um animal, se tocar no monte, deve ser apedrejado”.
21 Aquelas cenas foram tão terríveis que até Moisés exclamou: “Estou aterrorizado e trêmulo!”
22 Mas tendes chegado ao Monte Sião, à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, à jubilosa reunião dos milhares de milhares de anjos,
23 à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus, a Deus, o juiz de toda a humanidade, aos espíritos dos justos agora perfeitos,
24 a Jesus, mediador de uma nova aliança, e ao sangue aspergido, que se expressa com mais veemência do que o sangue de Abel.
25 Cuidado! Não rejeiteis Aquele que fala. Pois, se não escaparam os que rejeitaram quem os advertia sobre a terra, muito mais nós, se desprezarmos Aquele que nos admoesta dos céus.
26 Aquele, cuja voz outrora abalou a terra, agora promete: “Ainda uma vez abalarei não somente a terra, mas de igual modo o céu.”
27 Ora, esta frase ainda uma vez” indica a remoção de coisas que podem ser abaladas, isto é, as coisas criadas, para que permaneça o que não pode ser abalado.
28 Portanto, já que estamos herdando um Reino inabalável, sejamos agradecidos e, desse modo, adoremos a Deus, com toda uma atitude aceitável, com toda a reverência e temor,
29 porque o nosso “Deus é fogo consumidor!”
INTRODUÇÃO
O Monte Sião palpável e em chamas dos israelitas é tomado neste texto bíblico em dois sentidos:
1. Como uma metáfora apontando para o céu.
2. Fazendo alguns Contrastes: 
I. Entre o Monte Sião dos israelitas com o Monte Sião dos crentes em Cristo que é o céu, 
II. Entre o Velho com o Novo Testamento,
III. Entre a Velha Aliança de Deus com Israel com a Nova Aliança com os crentes em Cristo 
Nestes contrastes o autor afirma que, a Cidade do Deus vivo é real, é o céu para o crente em Cristo. 
Nesta mensagem bíblica vamos nos ater à descrição que o texto faz da Cidade do Deus Vivo:
1. A CIDADE DO DEUS VIVO É INABALÁVEL.
O Monte dos israelitas descrito nos versos 18-21, era um lugar:
  • material, (18)
  • sujeito a terremotos, (18) 
  • sujeito às tempestades, (18)
  • sujeito às trevas, (18)
  • sujeito a homens rebeldes a Deus, (18-21)
  • sujeito ao terror que assombrava, (21)
  • Tinha Moisés como mediador.
  • Era regido pelo rigor da Lei.
  • Até para um animal que tocasse no monte ele era “monte de morte”. (20)
O Monte Sião descrito como a cidade do Deus vivo,  a Jerusalém celestial: 
  • Não é a região montanhosa a sudeste de Jerusalém.
  • É a Cidade Celestial de Deus e dos salvos.
Este lugar é o céu com as seguintes descrições, que contrastam com o Monte Sião dos israelitas:
  • É o Monte de Deus. (22)
  • É celestial (22)
  • É espiritual.
  • É reino de justiça (23)
  • É reino de perfeição (23)
  • Onde se reúnem anjos. (22)
  • É um reino inabalável. (28)
  • É regido pela graça de Deus.
  • Jesus Cristo é o seu Mediador. (24)
Como muitos outros elementos do Velho Testamento o Monte Sião é neste texto, um símbolo do céu apresentado no Novo Testamento. 
O céu é a “cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial!” (22)
É cidade inabalável, porque ali a grande Autoridade (o Juiz ) é Deus. 
2. A CIDADE DO DEUS VIVO É A SOCIEDADE DE MILHÕES. (22)
A comunidade universal dos salvos formam uma sociedade distinta:
  • É espiritual em sua formação.
  • É composta de pessoas santificadas na comunhão com o Deus vivo.
  • Seus membros-habitantes são herdeiros de bênçãos e honra.
  • O próprio Deus os colocou individualmente na Caderneta de Chamada, o Livro da Vida. 
Uma linda descrição do texto, é que é o crente em Cristo é esperado pelos milhões de salvos que já alcançaram a meta. 
O salvo irá unir-se àqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida que, é o quadro de honra de Deus. (22-23)
Estes salvos o texto os identifica como: 
I. Justos (23)
II. Perfeitos. (23)
Justos e perfeitos porque em sua fé em Jesus Cristo foram aprovados, e confirmados por Deus.
Outra linda descrição que faz o autor, é dizer que os anjos numa prazerosa "reunião solene", aguardam o crente na Cidade Celeste de Deus.
A palavra que o autor usa é “...paneguris...” que, indica uma assembléia nacional jubilosa. 
Para o grego descrevia um dia santo e jubiloso, quando todos estavam de festa idólatra e se alegravam. 
Para o crente em Cristo a glória do céu é tal que até faz com que os anjos prorrompam em manifestações de regozijo. 
O Novo Testamento faz referência a dois momentos de festa no céu:
I. Quando o pecador crendo em Cristo, arrepende-se dos seus pecados e se converte: Jesus Cristo disse: "Eu vos asseguro que, de igual modo, há grande júbilo na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende!"(Lucas 15:10)
II. E aqui neste texto quando o salvo chega ao céu, há uma grande festa, promovida pelos salvos, que o aguardam: "Mas tendes chegado ao Monte Sião, à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, à jubilosa reunião dos milhares de milhares de anjos!" (22)
Citando os justos e perfeitos, que estão no céu, o autor está expressando duas verdades eternas e inalteráveis: 
I. A fé e fidelidade a Deus ganham a eternidade com Ele.
II. A incredulidade e infidelidade a Deus, fazem perder a eternidade com Ele. 
O que tem valor no tempo e na eternidade é só a fé leal a Deus. 
3. A CHEGADA DO SALVO À CIDADE DO DEUS VIVO
Sobre essa chegada do salvo no céu são duas importantes ênfases que o autor faz:
I. É GARANTIA DE DEUS AOS SEUS SERVOS. (22)
II. É PARA OS QUE TEM LÁ SEUS NOMES ESCRITOS. (23)
É divino o escrutínio que levará para lá os eleitos de Deus.
Este escrutínio é elaborado e executado por Deus, mediante a decisão do pecador, de crer e receber  a Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador e Senhor: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna!"  (João 3:16); "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, ou seja, aos que creem no seu Nome!" (João 1:12) KJ
Está claro que, o Instrumento de aferição que Deus usa, para determinar quem habitará o céu, é Jesus Cristo.
Mas o Novo Testamento deixa claro que, Deus respeita a escolha que o homem faz: "Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no Nome do Filho unigênito de Deus!" (João 3:18) KJ
É maravilhoso saber que o crente em Cristo é esperado no céu pelos salvos que lá estão. 
O autor diz literalmente que, eles são os primogênitos. 
A figura do primogênito é do Velho Testamento.
A característica do filho primogênito é que tanto o melhor da herança como a honra lhe pertenciam.
É isso que o autor Aos Hebreus está dizendo: Que os salvos tem como privilégios:
  • Uma honra que lhes pertence: A salvação eterna!
  • A herança que Cristo garante: O Céu.
Chegarão na Cidade do Deus vivo, aqueles cujos nomes estão escritos no livro de Deus. 
Na antiguidade os reis guardavam um registro de seus cidadãos fiéis. 
O homem cujo nome figurava nesse registro era um cidadão aceito e reconhecido pelo rei. 
Desta maneira o cristão é esperado por aqueles aos quais Deus honrou e registrou entre os salvos. 
4. PARA SE ENTRAR NA CIDADE DO DEUS VIVO O MEDIADOR É JESUS CRISTO. (24)
Esta é uma verdade que já está descrita claramente  no que já falamos nos tópicos anteriores.
“...lalein...” é o vocábulo que o autor Aos Hebreus usa para Jesus Cristo, responsabilizando-O pelo Plano de Deus, para salvar o pecador.
Ele afirma que, Jesus Cristo não foi meramente o transmissor da voz de Deus, e sim a própria voz de Deus.
Jesus Cristo é o próprio céu falando nele.
O texto diz que “Jesus Cristo é o mediador da nova aliança!” 
Jesus é aquele que iniciou a Nova Aliança.
Só através de Cristo é possível esta nova relação com Deus!
Jesus eliminou o terror do Sinai, substituindo-o pela alegria da nova relação com Deus.
Sua morte na cruz faz dele o perfeito sacerdote e o perfeito sacrifício, para salvar o pecador. 
Jesus tornou acessível o inacessível, suprimindo o terror de Deus. Tudo à custa de seu sangue! 
O autor termina o texto, fazendo um curioso contraste entre o sangue de Abel e o sangue de Jesus. 
Abel - quando foi morto, seu sangue sobre a terra clamava por vingança: “Exclamou o SENHOR: Que fizeste? Ouve! Da terra, o sangue do teu irmão clama a mim!” (Gênesis 4:10). KJ
A morte de Abel pedia a Deus uma desforra. 
Jesus foi sacrificado numa cruz, porém, seu sangue e a sua morte não foram para vingar, mas para salvar os réus.
A morte e ressurreição de Cristo abriram o caminho à salvação!
A sua  morte e ressurreição abriram o caminho para a reconciliação. 
Sua vida,  sacrifício e morte  tornaram possível que o homem se tornasse amigo de Deus. 
Na Velha Aliança os homens viviam sob todo o terror da Lei, e a relação entre o homem e Deus era de uma distância intransponível e um medo assustador.
Jesus veio e morreu, para aproximar o Deus tão distante!
Por causa do pecado o caminho rumo a Deus estava bloqueado, mas Jesus o abriu.
Como disse o apóstolo Paulo: “Estáveis naquela época ...estranhos às alianças da Promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Todavia, agora, em Cristo Jesus, vós que antes estáveis distantes, fostes aproximados mediante o sangue de Cristo!” (Efésios 2:12-13)
CONCLUSÃO
Aqueles que só ouviram a Lei antiga, jamais tiveram a possibilidade de ouvir toda a verdade, mesmo assim, os que a rejeitaram, foram condenados pela justiça de Deus.
Os que ouvem o Evangelho estão ouvindo à revelação plena da verdade divina. 
Mereceu condenação quem negligenciou a Lei, maior condenação terá, aquele que negligenciar a mensagem perfeita da graça salvadora em Cristo. (25)
Aqui neste mundo em que vivemos, tudo está com seu “prazo estipulado” por Deus: Os seus temores, seus mistérios, suas separações, e todos os prazeres e sucessos desta vida terrena, tudo o que o homem valoriza. 
Pelas profecias que já se cumpriram sobre o Fim Deste Mundo e a Segunda Vinda de Jesus Cristo, podemos afirmar com certeza que, "este mundo já está com prazo de validade vencido!"
O Novo Testamento afirma que, todas as coisas passarão.
“Ora, está muito próximo o fim de todas as coisas...!” (I Pedro 4:7); “Entretanto, o Dia do Senhor virá como ladrão, no qual os céus desaparecerão ao som de um terrível estrondo, e os elementos se desintegrarão pela ação do calor. A terra e todas as obras nela existentes serão expostas ao fogo! Ora, se tudo o que existe será assim aniquilado, que espécie de pessoas é necessário que sejais? (KJ) ‘A vida de vocês deve ser agradável a Deus e dedicada a Ele!” (NTLH)” (II Pedro 3:10-11)
O mundo assim como o conhecemos,  sumirá! (NTLH)
A vida assim como a experimentamos,  chegará ao seu fim. 
Mas uma coisa não pode mudar, e nem terminar: a relação do crente em Cristo com Deus. 
Ainda que todo o resto seja feito em pedaços, e destruído pelo fogo eterno, a relação do crente em Cristo com Deus é, e será a única coisa eternamente segura.
O autor Aos Hebreus diz que, a Jerusalém celestial aguarda os salvos, e lá este relacionamento será eterno.
APELO
A cidade do Deus vivo aguarda os salvos por Cristo.
Você já está salvo?
Se não tem certeza, creia em Cristo e o receba como seu único e suficiente Salvador e Senhor.
A decisão é sua! Qual decisão tomará?


Pr. José das Graças Silva Oliveira



Um comentário:

  1. Muito boa explicação. O que ficou um pouco vago na descrição foi o "tendes chegado". Como chegamos se ainda estamos nesse mundo? Chegamos no caminho(Jesus) mas não na plenitude. Graça e paz pastor!

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