398 - Sou Feliz
Horatio Gates Spafford Philip Paul Bliss
1828 - 1888
1836 - 1876
Trad. William Edwin Entzminger
Se paz a mais doce me deres gozar,
Se dor a mais forte sofrer,
Oh, seja o que for, tu me fazes saber
Que feliz com Jesus sempre sou!
Sou feliz com Jesus!
Sou feliz com Jesus, meu Senhor!
Embora me assalte o cruel Satanás,
E ataque com vis tentações,
Oh, certo eu estou, apesar de aflições,
Que feliz eu serei com Jesus!
Meu triste pecado por meu Salvador,
Foi pago de um modo cabal;
Valeu-me o Senhor, oh, mercê sem igual!
Sou feliz! Graças dou a Jesus!
A vinda eu anseio do meu Salvador;
Em breve virá me levar
Ao céu, onde vou para sempre morar
Com remidos na luz do Senhor!
A INSPIRADORA HISTÓRIA DESSE HINO
Por sugestão médica devido a saúde de Spafford, no navio Ville de Havre,
a família viajava feliz, em 1873 no Oceano Atlântico.
Dentro do navio, além da Senhora Spafford havia quatro filhas: Dorothy,
Mary, Bunny e Baby May.
Era uma viagem muito divertida para as crianças rumo à França, onde o pai os esperava. O pai
havia ficado em Chicago devido ao trabalho e por isso não viajou no mesmo
navio.
Horatio Gates spafford tinha tal viagem
como um belíssimo sonho. Advogado militante, competente e professor de
jurisprudência médica na Universidade de Lind, mais tarde chamada Chicago
Medical College.
Embora muito ocupado em sua profissão, era um religioso muito dedicado e
humanitário. Era um crente presbiteriano consagrado a Deus, tendo servido como
Diretor do Seminário Teológico Presbiteriano, professor da Escola Bíblica
Dominical e homem dedicado à obra de Deus de modo geral.
Perdeu quase toda a sua fortuna em um incêndio ocorrido em Chicago em
1871, tendo depois disso conseguido equilibrar-se novamente em sua vida
financeira.
O belíssimo sonho de viagem à Europa acabou-se em grande pesadelo,
quando o navio inglês Lochearn, enquanto todos dormiam, bateu no Ville de
Havre, no meio da escuridão.
Muitos foram salvos, mas o navio, trinta minutos depois do choque acabou
afundando-se. A Senhora spafford reuniu as quatro filhas, e as cinco se
ajoelharam, pedindo que Deus as salvasse se fosse a Sua vontade, mas, se não,
que as preparasse para o encontro com o Senhor.
A Senhora
Spafford foi encontrada boiando no mar e as filhas estavam
desaparecidas. Os que sobreviveram, dez dias depois conseguiram chegar ao
país de Gales.
Horatio
Gates Spafford, em Chicago, recebeu o triste comunicado da empresa: "Salva
sozinha". E partiu imediatamente para a Inglaterra para se encontrar com a
triste esposa.
D.L.Moody e seu
companheiro que cuidava da música em suas conferências Ira D. Sankey, estavam em
Edimburg, na Escócia, e pregavam a Palavra de Deus, quando souberam da morte
das filhas de Spafford. Moody foi ao encontro do casal Spafford na Inglaterra,
para consolar aqueles corações que derretiam de dor.
Sankey,
em seu livro "Minha Vida e a História dos Hinos Evangelísticos" sugere que o Hino "Sou Feliz com Jesus" tenha sido escrito em 1876. Porém, há fortes evidências de que o hino tenha sido escrito por Spafford em alto mar, quando buscava a sua esposa sobrevivente do naufrágio.
O fato confortador em relação a
este naufrágio foi que, numa das nossas reuniões evangelísticas no Norte de
Chicago, pouco tempo antes da sua viagem à Europa, as quatro meninas se haviam
convertido.”
Em 1880
um filho do csal Spafford também morreu. Abatido pelas tragédias sucessivas, o
casal spafford saiu de Chicago com a única filha que lhes restava, Bertha, e foram para Jerusalém.
No dia 16
de outubro de 1888, Spafford morreu em
Jerusalém, faltando somente quatro dias para celebrar o seu 66º aniversário.
A melodia
com que costumamos cantar o hino 398 do Cantor Cristão foi composta
por Philip Paul Bliss em
1876, e cantada por ele mesmo
pela primeira vez numa cruzada evangelística em “Farwell Hall”.
Philip Paul Bliss foi um músico batista, responsável por pelo menos 23 das
melodias que cantamos no Cantor. A sua vida foi grandemente dedicada à
música sacra. Foi professor de música, solista e dirigente de cânticos. As
melodias do Cantor Cristão que mais cantamos são as dos hinos 92, 170, 334 e
398, todas suaves, bonitas e bem adaptadas às letras dos hinos.
É assim que Deus consola e conforta os seus servos, fazendo com que um infortúnio se transforme em um hino tão belo e inspirativo, para milhões de pessoas em todo o mundo.
Referência Bibliográfica
Ichter,
Bill. Se os Hinos Falassem, Vol. II e III. 2ª Edição. Rio de Janeiro, JUERP,
1984, 103p
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