quarta-feira, 13 de abril de 2011

Polícia fecha clínica que fazia até 100 abortos por mês


Investigação da polícia gaúcha começou quando uma jovem de 25 anos morreu e o laudo apontou que ela fizera um aborto

Tendo uma malharia como fachada, uma clínica clandestina no centro de Porto Alegre chegava a realizar até 100 abortos por mês, que custavam de R$ 1,5 mil a R$ 4 mil. A Polícia Civil fechou o local na manhã desta quarta e seis funcionários do estabelecimento foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos.

A investigação começou há três meses, depois da morte de uma jovem de 25 anos, moradora de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. O laudo apontou que ela teria feito um aborto. Uma agente policial, fazendo se passar por grávida, chegou a ingressar no estabelecimento para comprovar a denúncia.
A clínica funcionava no quarto andar de um prédio comercial, localizado na esquina das ruas Otávio Rocha e Vigário José Inácio, no centro de Porto Alegre. Uma malharia era usada como fachada. Cerca de 40 agentes da Polícia Civil que estiveram no local detiveram seis pessoas, entre elas duas mulheres que já haviam sido presas há três anos por também trabalhar em uma clínica que realizava aborto. A clínica foi lacrada.
Os seis funcionários foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos. “Queremos saber qual é a participação efetiva dessas pessoas no local”, explica o delegado Marco Antônio Guns, da 3a DP de Canoas. Segundo a polícia, as informações preliminares apontam que a clínica clandestina fazia de 80 a 100 cirurgias de aborto por mês.

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