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sábado, 6 de abril de 2013

EDUCAÇÃO NO BRASIL



20% DE TODOS OS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA  NÃO TÊM FORMAÇÃO SUPERIOR


O censo realizado em 2012 sobre a Educação Básica, indica que houve melhoras no país, porém, ainda há muitos docentes sem qualquer graduação em todas as etapas escolares.
O censo constatou, ainda, que a área mais carente de professores habilitados é da educação infantil, mas essa carência está presente, até no Ensino Médio, que inclusive prepara os alunos para vestibulares e Concursos Públicos.
Na época do censo escolar feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),  o resultado não foi muito animador, tendo apresentado um número de 2.101.408 professores, dos quais 459.000 nunca concluíram a universidade; 115.456 apenas concluíram o Ensino Médio; 8.339 concluíram apenas o Ensino Fundamental e 335.418 concluíram o magistério.
Outro dado que chama a atenção, é que dos 1.600.000 formados na universidade, 223.777 não fizeram licenciatura, que é a modalidade que prepara alguém para ser um professor.
As universidades federais foram criadas para atenderem, principalmente os menos favorecidos, mas, geralmente estudam nelas pessoas da classe rica, porque antes do vestibular, passaram pelas melhores escolas do país.
No Brasil, a Universidade Federal  foi criada para atender a classe menos favorecida,porém,  nunca foi para pobre, e um dos motivos está na educação básica.
O censo sobre a educação em 2012 concluiu que, a educação infantil, a mais básica de todos os níveis, que deveria ter os melhores professores do país, conta com muitos professores sem a capacitação superior.  
São 443.400 professores atuando na educação infantil, e destes, 36,4% não passaram por nenhuma Faculdade de Ensino Superior. 10% desses número sequer concluiu a formação mínima permitida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
No Ensino Fundamental, do 6º ao 9º Anos a rede possuía 801.000 educadores, dos quais 22% não cursaram uma faculdade.
No Ensino Médio com 497.000 professores, 18% não cursaram uma faculdade.
Há algum tempo atrás, eu conversava com um professor, da Universidade de uma grande cidade do interior de São Paulo, naquela época com aproximadamente 7.000 alunos, e ele me disse, que tinha ali um número muito grande de acadêmicos que não sabiam ler nem escrever. Esse professor atuava numa área social, para ajudar esses alunos.
O brasileiro reclama em todo o país, pela falta de uma educação de qualidade, mas nós temos que reconhecer que, educação de qualidade só poderá ser o resultado de qualidade profissional, que é resultado de qualificação universitária. O IBGE revelou que, lá no Nordeste está um grande número desses professores sem qualificação profissional.
Segundo dados, o Estado da Bahia é um dos mais problemáticos na área de educação. Em 2012 eram 157.000 professores assim distribuídos: 1.150 com somente o Ensino Fundamental, 19.000 com apenas o Ensino Médio e 50.800 com o magistério (Nível do Ensino  Médio), um pouco mais de 75.000 concluíram a capacitação universitária.
O resultado  do aproveitamento do aluno é o  trabalho qualificado do professor, e segundo Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, os alunos com os piores aproveitamento em sala de aula, no futuro tem dificuldades para encontrar um emprego e acabam sendo professores, e dificilmente serão professores excelentes.
Um dado interessante é que do total dos professores no país 1.600.000 são mulheres; a Região Nordeste é a que possui o maior número de homens na educação básica, sendo 20% homens e a metade dos professores tem entre 25 e 40 anos de idade. São 2.000.000 de professores trabalhando na educação básica, sendo 443.000 deles na educação infantil; 1.400.000 no Ensino Fundamental; 497.000 no Ensino Médio e 253.000 na educação de jovens e adultos (EJA, etc)
Se a educação é o alicerce do país, porque temos dados de tanta pobreza nela? Alguns são os motivos:

  • Educação no Brasil nunca foi prioridade.
Como exemplo disso podemos citar a Bahia,um dos celeiros políticos do país, com nomes que perpetuaram-se no poder político com os “Magalhães”. O Estado deles é um dos piores na área da educação.
Político no Brasil sabe que, quando o povo recebe uma educação de qualidade, não somente terá uma vida de qualidade, mas saberá, também, escolher melhor os seus representantes.
A melhor maneira de manter os “cabrestos” na população, é conservá-la analfabeta.

  • O baixo salário da educação. 

Poucos professores conseguem viver dignamente só com o salário vindo de muitos esforços em sala de aula. Em alguns lugares do Brasil o professor passa até fome. Se ele não tem dinheiro para proporcionar-lhe uma boa alimentação, para investir em sua capacitação ele teria? Claro que não!

  • Não há investimentos na Estrutura Física das Escolas
Desde 2005, moro em um bairro de Goiânia, o Bairro da Vitória. Aqui tínhamos O Colégio Estadual Ismael Silva de Jesus. O governo destruiu o prédio para construir um novo, e já faz uns três anos que a obra está parada. Porquê? Alunos daqui vão para outros bairros e muitos correm o risco até de não chegarem vivos em casa depois do período de aulas. 
Muitos prédios escolares estão caindo pedaço por pedaço, sem ninguém fazer nada para melhorar a situação: salas mofadas, com goteiras, cadeiras caindo aos pedaços, banheiros que mais parecem chiqueiros de porcos, etc. Os nossos políticos não têm vergonha de nada disso? Se tivessem, fariam alguma coisa para resolver a situação.

  • Há uma passividade muito grande por parte da população
Os políticos fazem o que querem com o dinheiro público, inclusive colocando nos próprios bolsos, desviando verbas com uma finalidade para outras, e o povo fica calado e nunca se manifesta como em outros países.

  • De modo bem “abestado” o povo ainda vota nesses políticos, a maioria “parasitas”
E ainda diz que, elegeu os seus representantes no país. Quem tem este tipo de representante, não precisa de maiores inimigos.
Já faz algum tempo o rei do futebol, o Pelé, disse que “o brasileiro ainda não sabia votar”. Isso gerou uma polêmica muito grande na época. É claro que os próprios políticos estavam por trás de toda a polêmica.
O interessante é que anos se passaram depois daquela palavra do Pelé e ainda hoje em pleno Século XXI o brasileiro não aprendeu a votar.

  • A prioridade política não é a mesma do brasileiro
É um absurdo estar trazendo para o Brasil a Copa do Mundo 2014, e logo depois as Olimpíadas, num país que não tem adequado: Segurança, Saúde, Educação, Moradia, etc.
Para a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil  os gastos são e serão exorbitantes! E sem retorno de benefícios para a população.
Futebol: Estão construindo grandes estádios em capitais, que nem futebol tem, pois, lá não tem nenhum time da 1ª Divisão do futebol brasileiro. Depois de passada a Copa do Mundo, esses estádios virarão verdadeiros “fantasmas” construídos com o dinheiro público, que poderia melhorar, inclusive a educação.
Olimpíadas: Os atletas do Brasil não recebem das verbas públicas, incentivos que valham alguma coisa. Os melhores brasileiros ranquiados em várias modalidades olímpicas, só alcançam sucesso, indo preparar-se no exterior. Não há preocupação com a formação desses atletas no Brasil. Não há estruturas para treinamento e nem investimento neles. Acho isso irônico demais!
Tudo isso revela a precariedade da educação no Brasil e falta de interesse político para melhorar tal situação. Acorda Brasil!
Assista o vídeo acima e veja a que ponto chegou o professor brasileiro. Que ironia o ladrão fez com o celular do professor!

Postado por Pr. José das Graças Silva Oliveira

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