segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

É PROVÁVEL QUE BOA PORCENTAGEM DOS TEÓLOGOS ALEMÃES SEJA GAY

Um terço dos teólogos de fala alemã pede reconhecimento de parcerias homossexuais

Um terço dos teólogos de fala alemã pede reconhecimento de parcerias homossexuais

ROMA, Itália, 11 de fevereiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Cento e quarenta e quatro teólogos católicos de fala alemã da Europa estão pedindo mudanças na Igreja Católica, inclusive padres do sexo feminino e padres casados, a aceitação da homossexualidade e da contracepção. Embora a ala “progressista” dos dissidentes anticatólicos esteja pedindo essas mudanças há pelo menos quatro décadas, desta vez eles dizem que é tudo parte de uma campanha para proteger as crianças do abuso sexual perpetrado pelo clero.
Esse grupo, que representa cerca de um terço de todos os professores alemães de teologia nas universidades da Alemanha, Áustria e Suíça, anunciou seu pedido de “reformas” na sexta-feira passada, de acordo com uma reportagem no jornal alemão “Süddeutsche Zeitung.”
A crise do abuso sexual de menores de idade perpetrado pelo clero que está varrendo a Alemanha e outros países europeus é um indício de que “profundas reformas são necessárias”, disse a carta. Essas reformas incluem “o reconhecimento da liberdade, maturidade e responsabilidade dos indivíduos” e paroquianos que participam de “estruturas democráticas na direção de sua comunidade”.
“A Igreja Católica precisa de padres casados e padres do sexo feminino no ofício eclesiástico”, a carta continuou. A Igreja tem de ter a “confiança nas tomadas de decisão e responsabilidade… principalmente com relação à área das escolhas da vida pessoal e dos estilos de vida individuais”.
Isso significa que os católicos deveriam ter a permissão de se divorciar e recasar, e que a Igreja “não deveria excluir” aqueles cujo “amor, lealdade e preocupação mútua” se expressam “numa parceria de mesmo sexo”.
“Intransigência moral metida à santidade da igreja não é bom”, continuou a carta. Essa intransigência moral é uma “perversão da mensagem bíblica de liberdade numa lei moral severa sem misericórdia”.
A carta também alertou contra a crescente tendência, popular entre as pessoas da geração mais jovem pós-Vaticano 2, de práticas litúrgicas mais tradicionais, inclusive um reavivamento do Canto Latino e Gregoriano e polifonia sagrada na Missa.
“A missa não deve congelar-se em tradicionalismo”, disseram os teólogos.
Um padre paroquiano da Inglaterra e blogueiro popular disse que as reivindicações são as queixas de sempre dos velhinhos que restaram da revolta da década de 1960. O Pe. Ray Blake, que escreve a partir de sua paróquia em Brighton, disse: “O movimento em direção à ‘esquerda’ é realmente uma continuação das próprias coisas que causaram nossos problemas”.
“É uma posição favorecida pela elite esquerdista, é abraçar o mundo moderno”.
A ala “progressista” da Igreja Católica da Europa, disse o Pe. Blake, sempre teve esses anseios “democráticos” para a Igreja Católica. Nessa escola teológica, a autoridade dos “papas, santos, teólogos leigos e excentricidades pessoais são a mesma coisa, exceto que as excentricidades pessoais tendem a dar um jeito de alcançar algo”.
“De início é atraente, mas então, como no protestantismo liberal, separa a humanidade de Deus. As Escrituras, a Tradição, o magistério, a hierarquia não estão ali para revelar Deus porque no final das contas até Deus é uma invenção humana”.
Peter Seewald
Peter Seewald, jornalista alemão e autor de dois livros sobre o Papa Bento 16, disse que a carta alemã não é nada mais do que uma “rebelião vinda do asilo de velhinhos”.
Chamando os autores da carta de “os sumo sacerdotes do zeitgeist”, disse Seewald, “Eis uma ação unificada de forças neoliberais trabalhando para acelerar a reconstrução da Igreja Católica conforme a natureza deles”.
Entretanto, a carta foi muito bem recebida pelo Pe. Hans Langendörfer, jesuíta e secretário da Conferência dos Bispos da Alemanha, que respondeu dizendo que os professores só “desejam contribuir para as conversações sobre o futuro da fé e da Igreja Católica na Alemanha”.
O Pe. Langendörfer disse que os teólogos estão se engajando em “benéfico” “diálogo estruturado” com os bispos alemães por 20 anos e que a carta inclui “ideias muitas vezes discutidas junto”.
“Em várias questões, a carta está em conflito com as doutrinas teológicas e determinações da Igreja Católica de uma natureza altamente obrigatória”.

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

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