terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SOL E CATARATA


Exposição excessiva ao sol pode aumentar risco de catarata
por Divulgação                                                                                  


O verão lembra praia, diversão, sol e piscina. Nas cidades litorâneas, principalmente no Nordeste, escolhidas como destinos nesta época do ano como Maceió, por exemplo, essa combinação requer precaução. Mas, para não deixar de aproveitar as maravilhas do verão em decorrência do surgimento de irritação ou infecção nos olhos, cuidados simples devem ser adotados para garantir a saúde ocular.

O alerta é do oftalmologista do Hospital Geral do Estado (HGE), Luiz Augusto Finotti, que explica que durante o verão a exposição excessiva aos raios solares e a mudança de alguns hábitos podem representar riscos à saúde ocular. Sintomas como irritação, lacrimejamento, fotofobia, vermelhidão, dor e sensação de areia nos olhos são comuns em pessoas que se expõem ao sol sem o uso de óculos escuros. 


Segundo ele, as radiações UVA e UVB emitidas pelo sol podem causar ou agravar danos à superfície ocular como o pterígio, popularmente conhecida como carne crescida. Quando os raios atingem o cristalino e a retina, podem aumentar os riscos de catarata e degeneração macular relacionada à idade, respectivamente. “Da mesma maneira que protegemos a nossa pele com protetores solares, devemos prevenir os danos causados pelo sol aos nossos olhos com lentes adequadas”, recomendou. 



Os óculos de sol devem ser adquiridos em locais que assegurem que as lentes têm proteção contra os raios ultravioletas. Apesar de mais baratos, os óculos vendidos por ambulantes não são recomendados porque não possuem nenhuma proteção comprovada. Cuidados especiais devem ser tomados com as crianças, pois óculos infantis sem certificação de qualidade podem representar exposição a um inimigo invisível. 



O especialista explicou que quando os olhos se deparam com a claridade, existe uma defesa natural, o esfíncter da pupila, que se fecha, impedindo que a luz atinja as estruturas internas dos olhos. “Porém, quando estamos no escuro, a pupila se dilata para que possamos enxergar melhor. Se os óculos escuros não apresentarem proteção contra os raios UVA e UVB, estarão prejudicando a visão, pois permitem a abertura das pupilas e maior exposição aos raios”. 



Conjuntivites - De acordo com Luiz Augusto Finotti, conjuntivites irritativas ou químicas podem ser provocadas devido à exposição à poeira e sprays anti-insetos presentes em casas de praia fechadas por longo período de tempo. As exposições a ácaros e fungos podem causar ou agravar conjuntivites alérgicas, por isso a ventilação e a higienização dos imóveis devem ser realizadas com antecedência. 



“Ao mergulhar no mar, é recomendado evitar ficar de olhos abertos em contato direto com a água, pois pode gerar conjuntivite irritativa; dependendo da balneabilidade da praia, pode haver a contaminação com consequente conjuntivite infecciosa por bactérias ou vírus. Não podemos esquecer das piscinas, que têm ainda mais recomendações, pois o uso de produtos de sanitização da água pode gerar conjuntivites químicas. É aconselhável evitar o banho de piscina antes de duas horas após o uso de cloro”, destacou. 

Há maior incidência de conjuntivites infecciosas no verão, causadas mais frequentemente por bactérias e vírus. Ambas são contagiosas, principalmente as virais e geralmente a transmissão é feita através das mãos ou por objetos contaminados como maquiagens, toalhas ou travesseiros. Cuidados básicos de higiene são fundamentais para evitar a doença. 



Lentes de contato - Para quem prefere a praticidade das lentes de contato, os cuidados com a higiene devem ser redobrados nesse período. Antes de manusear as lentes é necessário lavar bem as mãos para evitar contaminação. Caso haja contato com protetor solar ou bronzeador, elas devem ser retiradas e lavadas com os produtos específicos imediatamente. 

“Usuários de lentes de contato devem estar atentos para não negligenciar os cuidados básicos de higiene das lentes em vista da maior exposição a agentes infectantes e utilizar as lentes no período máximo indicado pelo oftalmologista”, enfatizou o médico.

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