quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Saúde

Saúde do brasileiro em alerta  




Esta semana milhares de brasileiros receberam uma boa notícia do governo federal: a distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes. Os remédios, que antes eram disponibilizados pelo Programa Aqui tem Farmácia Popular com até 90% de subsídio, agora são repassados aos dependentes sem custo. A estimativa é que eles estejam disponíveis à população em cerca de 15 mil drogarias espalhadas por todo o país e que possuem convênio com o programa. Para ter acesso, basta apresentar um documento de identificação com foto, o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a receita médica.
A iniciativa é relevante e a previsão é que cerca de 900 mil brasileiros portadores dessas duas doenças sejam beneficiados. A diabetes e a pressão alta são reflexos da modernidade, uma vez que a manifestação é decorrente do estilo de vida, que inclui alimentação inadequada, estresse, sedentarismo, fumo e álcool, comportamentos que dependem exclusivamente de cada indivíduo e que vêm sendo deixados de lado com a correria do dia a dia.
O modo de vida adotado pelos brasileiros pode ser comprovado por dados alarmantes e que estão gerando preocupação à classe médica do país e acende o sinal de alerta. Segundo dados do Ministério da Saúde, a hipertensão afeta aproximadamente 30 milhões de pessoas e outras 12 milhões ainda não sabem que possuem a doença. Nos Estados Unidos o número de indivíduos hipertensos é o dobro do Brasil e em todo o mundo a doença afeta 1 bilhão de pessoas.
A falta de conhecimento sobre a doença retarda o tratamento e aumenta o número de óbitos. Em todo o mundo estima-se que 7,6 milhões de pessoas morram por ano devido às suas complicações da hipertensão como o acidente vascular cerebral (AVC), o infarto, entre outros. No Brasil, ela é responsável pela morte de até 300 mil pessoas a cada ano.
Por mais que campanhas de prevenção e estímulo à prática de atividades físicas sejam realizadas com o objetivo de reduzir a doença ou mesmo diagnosticar o mal precocemente, o índice só vem crescendo. O Ministério da Saúde aponta, por meio de pesquisa, que a proporção de brasileiros com pressão alta confirmada cresceu de 21,5% em 2006 para 24,4% em 2009 e que apenas 10% realizam o tratamento adequadamente. Entre as capitais, o Rio de Janeiro é o que tem maior percentual (em proporção em relação à população) de hipertensos com 28%, seguido de Recife com 27,6%. Cuiabá aparece com 23,9% da população afetada.
no caso da diabetes a Sociedade Brasileira de Diabetes alerta que um estudo recente verificou que 11% dos brasileiros tenham a doença e que deste total cerca de 60% não sabem que são portadores. Sobrepeso e obesidade, sedentarismo e alimentação desequilibrada são fatores preponderantes para a manifestação da diabetes. Mesmo que o governo distribua medicamentos gratuitamente, os brasileiros não podem se acomodar. É preciso mais que ter acesso ao tratamento de doenças. É necessário prevenir. Para isso, cada um devem chamar para si a responsabilidade e levar uma vida mais saudável.

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